A Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã (APA) consiste em uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável criada em maio de 1992 através do Decreto Federal nº 529. A área possui 316.882,75 hectares dentro do Bioma Pampa e abrange os municípios de Alegrete, Rosário do Sul, Sant’Ana do Livramento e Quaraí.

Atualmente a APA tem como órgão gestor o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e é composta por um conselho consultivo formado por representações dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente.

O Instituto Federal Farroupilha - Campus Alegrete faz parte do Conselho da APA do Ibirapuitã (CONAPA) e na reunião do dia 17 de outubro de 2019, realizada no Casarão do Parque Dr. Lauro Dorneles, ocorreu a apresentação do projeto "Turismo de observação de aves como possibilidade de desenvolvimento sustentável na APA do Ibirapuitã". O referido projeto é coordenado pela Profª Drª Suelen de Leal Rodrigues, desenvolvido pelo acadêmico de Ciências Biológicas Oziel Soares e conta com a colaboração do professor Dr. Jonas Sponchiado, professora Ms. Mariana Segui Pereira e como colaboradora externa a doutoranda Ana Paula Vestena Cassol (UFGRS).

Na APA do Ibirapuitã é permitido o desenvolvimento de ações pouco impactantes e que visem à sustentabilidade. Entre essas ações, o turismo rural, o ecoturismo e a observação de aves. Desta forma, buscando contribuir com o desenvolvimento local sustentável, papel intrínseco às finalidades dos Institutos Federais, foi elaborado um projeto que contempla o turismo de observação de aves, cujo objetivo é realizar uma análise do potencial eco turístico da atividade de observação de aves em uma propriedade da APA do Ibirapuitã, como ferramenta de desenvolvimento local.

O projeto está sendo desenvolvido na Estância Sá Brito administrada pela Parceria Rural Vera Gomes e Filhos que consiste em uma importante fazenda do setor agropecuário cuja origem remete ao ano de 1851, contando com estruturas no estilo português colonial.

No desenvolvimento do projeto já foram identificadas 127 espécies de aves, portanto, além de discutir as possibilidades de turismo, os resultados obtidos podem colaborar para o saber ornitológico e divulgação científica como ferramenta de construção de uma consciência ecológica.

O projeto teve uma boa receptividade dentro do âmbito do CONAPA, onde muitos conselheiros mostraram interesse em colaborar com o projeto.