Na manhã da última quinta-feira, dia 13 de abril, estiveram em São Vicente do Sul, os professores Siomara Broch, Aristeu Castilhos e Rui Pillar conversando com a professora e pesquisadora Esther Pillar Grossi.

A professora e sua equipe dedicam-se ao GEEMPA (Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia da Pesquisa e Ação), uma ONG com quase 47 anos de atuação. Inicialmente era um Grupo de Estudos sobre o Ensino da Matemática de Porto Alegre e tinha como intuito proporcionar aos alunos o gosto pela matemática, revertendo a situação de enorme perda de potencial cognitivo causada pela aversão a essa disciplina escolar. Passados mais de dez anos, o GEEMPA passou a se focar na alfabetização, com o intuito de enfrentar o enorme desafio de reduzir as taxas de analfabetismo no Brasil, recebendo premiações e reconhecimento internacional. Posteriormente, vem mergulhando no campo da construção dos conhecimentos teóricos e práticos sobre como se ensina e como se aprende, conforme comprova sua produção científica, expressa em um conjunto de várias dezenas de obras publicadas e no elenco de projetos por ele realizados.

O GEEMPA tem trabalhado com propostas didático pedagógicas construídas a partir do diálogo entre as mais bem fundamentadas teorias da aprendizagem e os mais complexos problemas de ensino-aprendizagem em sala de aula, notoriamente, em escolas públicas que atendem as classes populares. A sua proposta é cientificamente embasada no pós-construtivismo, definido graças à herança magnífica a nós legada por Piaget, Vygotski, Wallon, Gérard Vergnaut, Sara Pain e todo um conjunto convergente de elaborações da Antropologia, da Psicanálise, da Medicina, da Pedagogia e da Psicologia da Inteligência. Ao longo de sua existência o grupo tem se dedicado a duas atividades básicas entrelaçadas: a pesquisa e a formação de professores.

Na ocasião foi acertado a vinda da professora ao IFFar - Campus Júlio de Castilhos no início do 2º semestre letivo, numa proposta de aula inaugural para os Cursos de Licenciatura e para todos os profissionais da educação da nossa região. Além disso, será planejado um momento interno de troca de experiências entre a pesquisadora e os docentes e licenciandos do Campus. Há também a possibilidade de parceria do campus e a ONG, estimulando a pesquisa e a extensão na área de formação de professores.