Docente do Campus Santo Ângelo participa de Intercâmbio na Inglaterra
No período de 30 de agosto a 15 de setembro, a docente de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Maria Aparecida Lucca Paranhos, participou de intercâmbio em Londres, usufruindo de variadas possibilidades de enriquecimento cultural e linguístico. Realizou seus estudos de aprimoramento dos conhecimentos de língua inglesa na Bayswater College.
Segundo a docente, foi uma oportunidade transformadora para além dos benefícios acadêmicos. A experiência ofereceu uma imersão cultural única, possibilitando-lhe viver em um ambiente totalmente novo, aprendendo novas culturas e adaptando-se a diferentes modos de vida.
A hospedagem foi em casa de família, também conhecido como homestay. A família anfitriã, host family, relata a professora, possibilitou uma prática contínua no idioma, o que foi excelente para ampliar o vocabulário e ganhar mais fluência, além de conhecer costumes e hábitos de uma família local, conferindo caráter de autenticidade à experiência. Os anfitriões tinham interesse em conhecer a cultura brasileira, então, trocaram ideias sobre política, música, turismo… Assim como foram referência para instruir sobre mobilidade urbana em metrô e ônibus, dicas de visitas, horários, mercados…
Durante a semana, a professora intercambista frequentava as aulas de inglês, das 9h às 12h30min. Após as aulas, realizava passeios na cidade de Londres em museus, parques, exposições de arte. Além do que, segundo a professora, caminhar pelas ruas de Londres já é uma experiência intercultural magnífica. As feiras de rua, os mercados, como o Borow Market, o mais antigo de Londres, são espaços privilegiados de imersão na cultura mundial, onde se pode degustar a culinária de diversos países, a um preço bastante conveniente.
As experiências culturais foram riquíssimas. Destacam-se da visitação a museus, como o British Museum, Museu de Ciência Natural, Museu Victoria e Albert e o Tatem Museum, em que estão obras de arte moderna. Esse acervo se relaciona com conteúdos trabalhados pela docente nos 3ºs anos, em literatura, como as Vanguardas Europeias, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo e Expressionismo. Para além de museus, as igrejas, como a Catedral de Saint Paul e Abadia de Westminster são verdadeiras obras de arte, além de estátuas expostas em praças e ruas, como a de Sherlock Holmes e outras figuras conhecidas da arte, literatura, ciência e política.
Também foram vivenciadas experiências relacionadas com a língua italiana, além da apreciação da arte italiana nos museus. O espetáculo de ópera, no Royal House, La Traviata, foi muito impactante. Esta vivência será explorada nas lições de italiano que a professora leciona por meio do NAI, com uma turma no campus e outra no centro da nossa cidade. Também, no Globe Theatre, assistiu ao espetáculo Anthony e Cleópatra, obra de Shakespeare, encenada no palco que é réplica do teatro que serviu de arena para as peças do famoso escritor britânico. Ao visitar este espaço, antes do espetáculo, a docente organizou uma reunião pelo Google meet, com a Turma AGR11, mostrando as margens do Tâmisa, o Teatro de Shakespeare, as pessoas transitando e uma turma de alunos uniformizados que se dirigiam, também, ao teatro. Foi um momento muito interessante em que, mediados pelas tecnologias, interagiram, professora e alunos, em tempo real, compartilhando a emoção de estar em um lugar tão importante, onde viveu e atuou Shakespeare. Vários alunos desta turma leram o autor britânico no I semestre.
Participar de um intercâmbio desenvolve resiliência, pois requer adaptação a novas situações e superação de desafios diários, fortalecendo a capacidade de resiliência, habilidade crucial tanto na vida pessoal quanto no ambiente profissional, permitindo enfrentar adversidades com mais confiança e eficácia. Além disso, possibilita o autoconhecimento, pois ao viver em um ambiente desconhecido e enfrentar novas situações, testar nossas forças, fraquezas, preferências e valores. Também o contato com diferentes culturas, não somente na escola de idiomas, onde estavam alunos do mundo inteiro, de diferentes faixas etárias e realidades sociais, mas também no dia a dia das idas e vindas da escola e nos passeios. Tudo isso aumenta a consciência sobre questões globais e a importância da responsabilidade social.
A experiência do intercâmbio possibilita uma bagagem cultural que será compartilhada com alunos por meio de fotos, objetos, conversas, relatos, demonstrando as habilidades multiculturais, a capacidade de adaptação e experiência em ambientes diversos. Portanto, é essencial que o IFFar continue abrindo espaços, apoiando, criando políticas que possibilitem que os servidores interessados façam intercâmbio, mesmo com o ônus financeiro e de recuperação das aulas no retorno, é, seguramente, um investimento material e subjetivo compensador.
Fotos e texto: Maria Aparecida Lucca Paranhos
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