A produção audiovisual artística no IFFar - Campus Santo Augusto
Através das atividades do Projeto de Desenvolvimento Institucional “Lanterna Mágica”, estudantes dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio do IFFar - Campus Santo Augusto têm a oportunidade de conhecer a linguagem cinematográfica nas suas dimensões de leitura e criação.
Segundo a coordenadora do projeto, a professora de artes Téoura Benetti, o trabalho começou no ano de 2011, no Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Feliz, onde foi realizada a primeira edição com uma turma do Curso de Informática, e a partir de 2012, passou a ser desenvolvido com os alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do IFFar - Campus Santo Augusto.
Para alcançar os objetivos foram realizadas oficinas de processo de criação em cinema como: construção de roteiros, desenvolvimento de argumentos, estudo e formação de equipes e suas funções, tecnologias de captação de imagem, tecnologias de captação de som, tecnologias de edição de imagem e som, arte e fotografia, (planos, enquadramentos e movimento de câmera), direitos autorais, pré-produção, produção, pós-produção e circulação audiovisual, assim como com a linguagem do stop motion. “Através do projeto trabalhamos com o conhecimento da linguagem cinematográfica, para que os alunos possam se expressar através dela, culminando na possibilidade de criação de obras audiovisuais de curta-metragem, através do processo criativo orientado”, reforça a professora Téoura.
O cinema também tem sido utilizado nas atividades educativas do campus, através de outros âmbitos, desde 2011. Um deles diz respeito às sessões de cinema e debate voltadas para o público externo, e mais intensamente ao público interno da instituição através dos projetos "Cinema no Campus" - projeto de extensão que tem como foco a exibição e o debate de produções cinematográficas internacionais, nos moldes de um cineclube; "Cinema Nacional no Campus" - projeto institucional que coloca o cinema nacional como atividade curricular implementando a Lei nº 13.006/2014); e uma terceira, chamada "Mostra Nugedis" - mostra de cinema que aborda a temática da diversidade de gênero e sexualidade.
Já a criação audiovisual acontece através do projeto "Lanterna Mágica", com a abordagem da linguagem cinematográfica nos planejamentos curriculares, já que faz parte das ementas do componente arte nos currículos dos Cursos Técnicos, desde 2014, com o objetivo de oportunizar aos estudantes do campus a produção audiovisual de curta-metragem.
Assim, de acordo com a professora Téoura, desde 2011, o IFFar - Campus Santo Augusto está construindo um belo caminho de exploração da linguagem cinematográfica em diferentes ações pedagógicas, nos âmbitos do ensino e também da extensão; ações estas, que não só estão colaborando para a formação de um público mais crítico e autossuficiente na escolha de seus repertórios culturais; mas apto a falar sobre o cinema e através dele, com a produção de curtas metragens.
A culminância deste trabalho se dá na participação dos estudantes que participam do projeto, no Festival Nacional de Cinema Estudantil – CINEST, que acontece em Santa Maria/RS, desde 2013, sempre no mês de outubro. A participação no festival tem sido um elemento motivador à produção, tendo como objetivo divulgar o trabalho realizado através dos projetos que envolvem a criação audiovisual no campus e oportunizar o intercâmbio entre os estudantes participantes do festival, além de ser muito enriquecedora a participação nas oficinas e palestras oferecidas pelo festival.
Esse ano, foram enviados apenas dois curtas para o CINEST, realiza de 16 a 19 de outubro, sendo eles um documentário produzido pelos alunos do PROEJA ainda em 2017, intitulado “Benzedura” – o qual apresenta uma pesquisa sobre a prática do benzimento em Santo Augusto, com entrevistas de benzedeiras, médicos, padres e pastores sobre o assunto. O segundo filme, foi “Três”, uma ficção sobre a ansiedade, que rendeu o prêmio de melhor atriz para a aluna do 2º ano do curso técnico em Administração, Thaísa Schuh. O filme, reeditado numa versão mais curta também recebeu o prêmio de melhor curta na Mostra Cultural do IFFar em 2018 e foi selecionado para o 4º Festival de cinema de Três Passos.
Thaísa recebendo o prêmio de melhor atriz
Atualmente os alunos estão trabalhando nas ficções iniciadas em 2018, na produção de documentários de temática social e no 1º Festival minuto pela não violência contra a Mulher, que finda em 09 de novembro. A circulação dos filmes do festival fará parte da campanha do dia internacional de não violência contra a Mulher e logo estará circulando para que todos possam conhecer.
Histórico da Participação do IFFar - Campus Santo Augusto no CINEST:
Na primeira participação no festival, em 2013, foram selecionados 21 curtas para concorrerem na mostra competitiva, das quais, três foram produções dos alunos do Campus Santo Augusto: “A armadilha”, “Haunted House” e “Infectados”. Este último recebeu o prêmio de Melhor Som Direto.
Em 2014, foram enviados seis curtas desenvolvidos pelos alunos do Campus, através do projeto de ensino “Cinema no Campus – leitura, contextualização e criação”, pleiteando a seleção para a mostra competitiva que recebeu um total 208 filmes de todo o Brasil. Cinco curtas do Campus foram selecionados, sendo eles: “Assombradamente”, “O Colapso de João”, “A maldição”, “O Inevitável”, e o documentário “Motocross na Região Celeiro”.
Em 2015, através do projeto “Lanterna mágica: processo criativo e produção audiovisual no Campus Santo Augusto”, foram enviados ao festival dez curtas e nove foram selecionados para exibição na mostra competitiva, sendo eles: “Bloqueio Criativo”, “FEAR”, “Nas sombras do medo”, “O Palhaço”, “Sede de vingança”, “Teddy”, “Não coma meu chiclé”, “00:07” e “Paranóia”. Neste mesmo ano a professora Téoura Benetti recebeu o Troféu Piazito de Professora Homenageada, como reconhecimento do seu trabalho com o cinema.
Em 2016, os alunos participaram do CINEST com os curtas metragens “Cura maldita”, “Tá achando que você está na Disney”, “Xadrez com a morte” e “Não faça isso”, obtendo duas premiações, com a aluna Julia Aparecida Florêncio, do 2º ano do Curso Técnico em Informática, como Melhor Atriz pela atuação no filme “Cura maldita”, e o aluno Marcos Cavalheiro, do Curso Superior de Licenciatura em Computação, egresso do curso técnico em Informática, premiado com o Melhor Roteiro, pelo filme “Xadrez com a morte”.
Em 2017 aconteceu a inclusão dos alunos do Curso Técnico em Agroindústria integrado ao ensino médio na modalidade PROEJA no projeto, e o trabalho interdisciplinar com a filosofia na construção dos curtas, que rendeu ao Campus os prêmios de melhor curta – temática social pelo filme “O preço da Beleza” e prêmio especial do festival com o curta “isso é uma Emergência”.
Em 2018, a instituição participou do evento com o documentário produzido pelos alunos do PROEJA, intitulado “Benzedura” e com o filme “Três”, que rendeu o prêmio de melhor atriz para a aluna do 2º ano do curso técnico em Administração, Thaísa Schuh.
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