Projeto Fábrica de Histórias entrega livros produzidos pelos alunos para escolas da região
O projeto “Fábrica de Histórias” vem sendo realizado no IFFar - Campus Santo Augusto desde o ano de 2018, estando em sua 4ª edição. Coordenado pela professora Miquela Piaia, trata-se de uma proposta didática que visa contribuir com a prática de multiletramentos no contexto escolar, utilizando o gênero história infantil, visando estimular o pensamento criador dos alunos, envolvendo diversas disciplinas e diferentes cursos. Para 2021 estavam previstos uma série de espetáculos presenciais e lançamentos dos livros infantis bilíngues produzidos pelos estudantes nos anos anteriores, o que devido à pandemia não foi possível.
Nas primeiras duas edições do projeto, foram realizadas, com os alunos participantes, oficinas teóricas e práticas sobre escrita criativa, contação de histórias, teatro, literatura eletrônica, plataforma wix, programa indesign, photoshop, movie motion, teoria das cores, e muitas mais, para munir os alunos de ferramentas que facilitassem o processo de escrita bilíngue, criação de ilustrações, edição gráfica, produção de literatura eletrônica e depois pudessem levar o resultado de suas criações para a comunidade escolar através dos livros impressos e digitais e apresentações cênicas das narrativas, etapa esta que se concretiza agora nesta edição.
Segundo a professora Miquela o grupo participante buscou formas de como poderiam seguir com a circulação do trabalho produzido mesmo durante a pandemia. “Foi aí que surgiu a verão 4.0 do projeto Fábrica de Histórias, visando compartilhar socialmente os resultados de uma caminhada longa, produtiva e fecunda”.
Dentre as atividades propostas foi realizada pelos estudantes participantes, a entrega de sacolas literárias com os livros infantis produzidos por meio do projeto: Chica, a galinha caipira; O Leão Leonel; Lápis de Cor e Akira, o panda. Os municípios que receberam as sacolas literárias são os seguintes: Chiapetta, Coronel Bicaco, Humaitá, Miraguaí, Nova Candelária, Santo Augusto, São Martinho e Tenente Portela. Os livros em formato pdf, formato digital (literatura eletrônica), atividades e vídeos podem ser acessados pelo instagram @fabricadehistoriasiffar
Também foram produzidas atividades pedagógicas e vídeos de contação das histórias para crianças alfabetizadas e não alfabetizadas, que podem ser utilizadas por pais e professores como ferramenta de ensino e/ou entretenimento. Os alunos ainda estão trabalhando na criação de games interativos com cenários e personagens das histórias infantis bilíngues.
Para além dos materiais entregues às escolas, o projeto promoveu no mês de novembro oficinas para a comunidade escolar (interna e externa). As oficinas sobre teorias e práticas utilizadas dentro do projeto foram ministradas por alunos, ex alunos e professores colaboradores.
Para a professora Miquela, buscar abranger o público alvo de forma virtual se tornou prioridade em um contexto onde não se é possível estar juntos presencialmente. “Trabalhamos com a interação e produção de conteúdo nas redes sociais do projeto e, assim conseguimos levar as nossas histórias até seu público-alvo. A produção de conteúdo para as mídias digitais, bem como a produção das histórias inseriu os estudantes em uma nova realidade, integrando-os a um espaço de protagonismo, no qual passaram a ser criadores de sentidos, agindo na sociedade através da linguagem. Com isso, transcendendo o momento histórico que estamos vivendo, o projeto está tendo interação ativa com a comunidade”, destaca a professora
Miquela destaca que a leitura, leitor, literatura e linguagens estão em um constante processo de transformação promovido pela cultura digital, por isso o que foi apresentado é apenas um caminho possível de construção de projeto de multiletramentos, que pode contribuir, transformar e qualificar as práticas de ensino e extensão para que novas perspectivas se instalem na escola.
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