Fotos enviadas pelo pesquisador.

Marcelo Gindri, Doutor em Zootecnia pela Unesp, já passou por onze instituições e quatro países ao longo de sua trajetória acadêmica e profissional. A paixão pelos estudos e pela pesquisa, que abriu uma infinidade de possibilidades para a sua carreira, começou no Ensino Médio, quando era estudante do curso técnico em Zootecnia do IFFar - Campus São Vicente do Sul (2006-2009).

Através da participação em um projeto de iniciação científica, Marcelo teve seus primeiros contatos com congressos e publicações científicas. "Eu sempre fui apaixonado pelas disciplinas de química, física e matemática, e minhas notas eram sempre 10". Assim, em algum momento do curso técnico, ele conta que ingressou em uma pesquisa para desenvolver uma técnica de medição de oxigênio dissolvido em água doce, voltada à criação de peixes.

Após concluir o curso técnico, Marcelo ingressou na graduação em Zootecnia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Foi nessa época que o então estudante universitário teve sua primeira experiência internacional: "antes de concluir a graduação, passei quatro meses pelo Instituto Nacional de Investigação Agropecuária do Uruguay (INIA), como estagiário". O foco de suas pesquisas era a eficiência do rebanho ovino (nutrição, reprodução e qualidade da lã e da carne).

Depois de graduado, Marcelo ingressou no Mestrado em Zootecnia, também na UFSM. Na sequência, a jornada na pós-graduação o levou à Jaboticabal, São Paulo, para cursar o Doutorado em Zootecnia na Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Durante o doutorado, Marcelo teve a oportunidade de passar um ano na The Ohio State University, nos Estados Unidos - por meio da modalidade doutorado-sanduíche. Ele conta que no período desenvolveu dois dos artigos da tese e pôde se especializar em estatística e análise de dados. "Essa foi a melhor das experiências que eu tive durante a pós-graduação, a mais rica em crescimento profissional e pessoal", relata.

Concluído o curso, Marcelo foi em busca de trabalho. E aí, em 2020, foi aprovado em um processo seletivo para professor nos Cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) na Modalidade a Distância do IFFar. Na mesma época, também trabalhou como docente no Instituto Taquaritinguense de Ensino Superior (ITES).

"Fui uma experiência extremamente desafiadora e engrandecedora, pois era meu primeiro contato com sala de aula". Marcelo conta que foi enquanto docente que percebeu suas habilidades com comunicação. Mas, apesar de gostar da docência, ele decidiu continuar investindo na carreira de pesquisador e ter uma nova etapa de estudos fora do Brasil. "Para isso, decidi que me tornaria coorientador de alunos de pós-graduação, pois, de certa forma, atuaria como docente e faria um pós-doutorado no exterior".

Foto enviada pelo pesquisador.

Hoje, ele é pós-doutorando no laboratório MoSAR (INRAE), em Paris, França, trabalhando no projeto Adapt-herd​. Para ele, a experiência internacional foi um divisor de águas na carreira: "foi o que me trouxe como pesquisador para a França, onde faço hoje pós-doutorado em um dos mais renomados institutos de pesquisa agropecuária do mundo".

Sobre o trabalho de pesquisa atual, ele explica: "No Adapt-herd, estou analisando os dados dos experimentos de desafio de cabras para entender as estratégias adaptativas e, em seguida, introduzir esse conhecimento em um modelo dinâmico de cabras, usado posteriormente na simulação de rebanho para explorar como as estratégias de manejo afetam a resiliência e a eficiência".

A fim de compartilhar todo o conhecimento acumulado ao longo de sua trajetória, Marcelo dá dicas nos perfis no Instagram @theadviserbr e @marcelogindri para quem quer seguir a carreira acadêmica e deseja, assim como ele, ter experiências de estudo e pesquisa internacionais. A história dele em mais detalhes e algumas dicas estão organizadas no material The Advisor, produzido pelo pesquisador. 

Confira mais histórias no Portal de Egressos do IFFar.

_{Fonte: Secom}