Alunos do Campus Santo Ângelo produzem erva-mate de forma tradicional
Nos dias 29 e 30 de agosto, alunos de diversos cursos e comunidade externa participaram da produção de erva-mate de forma tradicional durante a VII Carijada do IFFar – Campus Santo Ângelo. Neste ano, junto da Carijada, também ocorreu o 1º Café de Cambona.
De acordo com os organizadores do evento, o técnico em Agropecuária, Ivan Preuss, e a professora Maria Aparecida Paranhos, a Carijada busca revisitar e preservar o patrimônio cultural que é a fabricação da erva-mate de forma tradicional. Os participantes vivenciaram o processo de produção da erva, conforme o costume antigo da região, que era produzida por indígenas e pela população em geral.
Carijada é o nome que se dá ao processo de produção artesanal da erva-mate, tradicional do povo indígena Mbya-Guarani. O consumo e o cultivo da erva-mate são heranças dos povos indígenas, que a utilizavam também com fins rituais e curativos.
O nome do processo vem do Carijo, estrutura parecida com uma grade, construída com taquaras, sobre qual se coloca as folhas e galhos de erva mate. Ao redor da estrutura é feito o fogo para secar a erva. Este processo pode durar até dois dias e é necessário cuidar do fogo durante todo este tempo para garantir a qualidade do produto final.
Depois da secagem, a erva ainda passa por outros processos artesanais até estar moída e pronta para o consumo.
Durante o processo de produção da erva são realizadas outras atividades, entre elas um café de confraternização, uma trilha ecológica, e uma fala do cacique da aldeia Yacã Jacu sobre a erva-mate na cultura Guarani.
Atividade de integração foi realizada com café tradicional
Neste ano, a comissão organizadora propôs duas inovações: o 1º Café de Cambona e uma trilha ecológica noturna com os alunos dos cursos de graduação e dos técnicos oferecidos na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (Proeja).
O Café de Cambona é uma antiga tradição dos tropeiros – nome que se dá às pessoas que conduziam animais e mercadorias entre os vilarejos nos séculos XVIII e XIX. Seu preparo consiste em esquentar a água em cambonas – um recipiente de lata - no fogo de chão, adicionar o café, o açúcar e um tição – pedaço de lenha ou de carvão aceso – para assentar a borra e acentuar o aroma.
Além do café elaborado de forma tradicional, a atividade de integração também contou com pratos feitos por servidores e alunos e produtos oriundos da agricultura familiar.
Secom
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