Conif repudia editorial de O Globo contra o ensino superior público
O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) – entidade que representa os 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) de Minas Gerais e do Rio de Janeiro e o Colégio Pedro II – vem a público expressar repúdio ao teor do editorial de O Globo, sob o falacioso e irresponsável título “Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito”, publicado no dia 24 de julho de 2016 e replicado em outros jornais do grupo.
Enquanto nenhuma referência à taxação das grandes fortunas ou aos bancos privados é mencionada, a tentativa de apontar o fim da gratuidade do ensino superior público brasileiro como alternativa para a superação da crise econômica demonstra uma defesa organizacional pela vigência do Estado mínimo e/ou, ainda, do capital privado como condutor da economia e da vida do povo brasileiro.
O editorial retrata de maneira distorcida o conjunto da sociedade que frequenta as universidades e os Institutos Federais, ignorando o êxito das ações afirmativas e o inquestionável desempenho da política de cotas nas instituições federais (Lei nº 12.711/2012), que promovem a inclusão social e asseguram êxitos educacionais a pessoas de baixa renda e egressos de escolas públicas.
Na condição de congregador de instituições federais públicas, laicas, gratuitas e de excelência que oportunizam a jovens e adultos trabalhadores brasileiros a elevação da escolaridade, a profissionalização e a formação para a cidadania – em todos os níveis e modalidades do ensino técnico e tecnológico, inclusive na graduação e na pós-graduação –, o Conif defende as conquistas históricas do povo brasileiro, a garantia da educação enquanto bem público e a continuidade das políticas afirmativas que permitem às classes trabalhadoras o crescente acesso ao ensino superior de excelência ofertado pelas universidades e Institutos Federais.
Fonte: Portal Conif
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