Ir direto para menu de acessibilidade.

Tradução Portal

ptendeites

Opções de acessibilidade

Página inicial > Últimas Notícias > No Dia Internacional da Mulher, conheça projetos de servidoras do IFFar
Início do conteúdo da página
Notícias IF Farroupilha

No Dia Internacional da Mulher, conheça projetos de servidoras do IFFar

Publicado em Quarta, 08 de Março de 2023, 11h12 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

As servidoras do IFFar Karlise Soares, Thais Andrea Baldissera e Ana Paula Agertt apresentaram seus projetos de tecnologia e inovação durante a 1ª Reunião Ordinária do Colégio de Dirigentes do IFFar (Codir), nesta quarta-feira (8). Veja aqui um resumo dos projetos e uma reflexão das profissionais sobre serem mulheres professoras e pesquisadoras.

 8março2023 notícia08032023

Karlise Soares tem 41 anos e é professora da área da Computação no Campus Santo Ângelo. É docente efetiva do IFFar desde 2015, mas já havia atuado como professora temporária no Campus São Vicente do Sul nos anos de 2012 e 2013. Atualmente é coordenadora do projeto de pesquisa e inovação AGRIFFar. O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um aplicativo para gerenciar pequenas propriedades rurais quanto à gestão financeira e gestão de culturas agrícolas, usando técnicas da Agricultura de Precisão.

O AGRIFFar foi aprovado no Edital nº 83/2022 da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). O edital teve como objetivo selecionar propostas de instituições da Rede Federal para a implementação do programa de capacitação de estudantes denominado Oficinas 4.0.

De acordo com o documento, o Oficinas 4.0 é um programa de atividades extracurriculares voltadas à construção de soluções para demandas reais do setor produtivo. Visa desenvolver, em estudantes do ensino técnico, de graduação e pós-graduação, as competências e habilidades requeridas pela Economia 4.0. Esse último termo refere-se aos modos de produção e de provisão de serviços baseados em processos de automação definidos pela aplicação de tecnologias digitais combinadas ao uso intensivo de dados.

A professora Karlise Soares explicou que no desenvolvimento do AGRIFFar, os estudantes receberão 440 horas de oficinas relacionadas à Economia 4.0, mentorias de empresas parceiras e servidores colaboradores. Eles também vão ministrar oficinas a escolas parceiras, divulgando o projeto e os temas desenvolvidos.

O projeto recebeu o apoio financeiro para aquisição de equipamentos (via doação) e contratação de bolsistas no valor total de R$68 mil. A equipe do AGRIFFar conta com cinco estudantes bolsistas, sendo três de cursos técnicos integrados e dois da Licenciatura em Computação. O projeto será desenvolvido entre março e dezembro de 2023.

Além disso, a professora Karlise Soares explicou que o AGRIFFar dará suporte ao Laboratório IFMaker que está sendo implantado no Campus Santo Ângelo neste ano.

Thaís Andrea Baldissera tem 43 anos e é professora da área da Computação no Campus Júlio de Castilhos desde 2010. É PHD em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pela Universidade Nova de Lisboa, onde trabalhou com a temática das Redes Colaborativas Empresariais, Internet das Coisas e Envelhecimento. Atualmente, ela é coordenadora do projeto PRO-ID@DE: ecossistema colaborativo de comunicação e monitoramento para o envelhecimento ativo.

De acordo com a professora Thais Baldissera, o projeto tem como objetivo gerenciar casas inteligentes para promover o bem-estar, a segurança e a qualidade de vida dos idosos com vida independente. A ideia é que uma plataforma realize a gestão de dispositivos da Internet das Coisas (IoT) de forma a coletar dados, analisar padrões, alertar situações anormais, e comunicar o estado dessas pessoas e do seu contexto em tempo real. O projeto foi aprovado no Edital nº 05/2020 do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), que tinha o objetivo de promover o empreendedorismo inovador com foco na Economia 4.0.

Saiba mais sobre o PRO-ID@DE aqui.

A servidora do Campus Panambi Ana Paula Agertt também apresentou o projeto de inovação que coordena durante a 1ª Reunião Ordinária do Codir. Trata-se do projeto de Indicação Geográfica do Käsekuchen de Panambi. O Käsekuchen, também conhecido como Bolo Quesco é um prato típico do município. É um bolo artesanal recheado com queijo fresco e que tem seu sabor descrito como adocicado e levemente ácido. A cadeia produtiva do Käsekuchen em Panambi envolve mais de 60 famílias. Mensalmente, são vendidas em média duas toneladas do produto.

O projeto busca tornar este um produto específico e exclusivo da região de Panambi. De acordo com Ana Paula Agertt, a Indicação Geográfica é um nicho da propriedade industrial que valoriza pessoas, produtos e territórios. Refere-se ao registro do nome geográfico de locais que tenham se tornado conhecidos como centro de produção de determinado produto. Há mais de 10 mil registros desse tipo no mundo, sendo que no Brasil a apenas cerca de 100. Exemplos de produtos que recebem a indicação geográfica são o Vinho do Porto e o espumante Champagne.

Para obter essa indicação, o projeto atua na construção de dois documentos: o caderno de especificações técnicas e o regulamento de controle do selo de Indicação Geográfica. Estes são os dois documentos que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) exige para a concessão do selo. A elaboração dos documentos envolve uma série de atividades: pesquisa em laboratórios e campo, apoio às ações de divulgação, apoio ao fortalecimento do associativismo, apoio às boas práticas na produção, definição e padronização do produto.

Além da coordenadora, atuam no projeto uma professora pesquisadora da área de alimentos do Campus Panambi e dois estudantes bolsistas.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente no dia 8 de março. A origem da data é associada, de acordo com algumas fontes, ao início do século XX e ao contexto de luta das mulheres pela igualdade dos direitos civis e em favor do voto feminino. Desde então, esse dia tem sido usado para refletir sobre os direitos das mulheres e as diversas formas de desigualdade que ainda persistem em nossa sociedade.

A professora Thaís Baldissera lembrou de uma dessas desigualdades ao falar que “as mulheres na tecnologia são minoria: representamos apenas 20%”. Os projetos liderados tanto por Thaís quanto pela professora Karlise Soares têm em comum a ligação com a área tecnológica.

Refletindo sobre essa questão, Thaís Baldissera disse que seu papel como educadora e pesquisadora é oportunizar que mais mulheres construam uma carreira e contribuam de forma relevante na área tecnológica.

Karlise Soares afirmou que sua condição de pesquisadora é uma consequência das ações realizadas em sala de aula. Para ela, os alunos são o objetivo principal: “atendê-los da melhor forma possível, fazer um sonho se tornar realidade, mostrar que são capazes de ir além”.

As duas professoras do IFFar foram perguntadas sobre quais são os desafios e as particularidades de serem mulheres professoras e pesquisadoras. Confira abaixo os depoimentos completos.

02 Dia da mulher IFFar 23 redes

“Conciliar a vida profissional com a pessoal é um desafio diário, mas o encanto em ser professora se renova a cada conquista compartilhada pelos meus alunos, a satisfação no olhar, o sorriso em seus rostos. Ser pesquisadora é uma consequência de ações realizadas em sala de aula, que nos motivam a buscar recursos e oportunidades para os nossos alunos, que são nosso objetivo profissional: atendê-los da melhor forma possível, fazer um sonho se tornar realidade, mostrar que são capazes de ir além.

Existem muitos obstáculos, fluxos burocráticos, desentendimentos que geram conflitos, que precisamos superar, pois acredito que fazem parte de um processo natural, de sair da zona de conforto e descobrir novas possibilidades e experiências.

Como profissional que integra a Computação com a Educação Básica, sinto que há um vasto campo de atuação que me permite explorar uma variedade de opções. E como mulher, me inspiro no desejo de cuidar dos outros, de preparar um caminho, de "cuidar da casa", sentimentos que surgem instintivamente e que noto em muitas colegas de profissão”.

Karlise Soares, professora de Computação do IFFar – Campus Santo Ângelo e coordenadora do projeto AGRIFFar, aprovado no edital Oficinas 4.0 da Setec/MEC.

03 Dia da mulher IFFar 23 redes

“Antes de sermos educadoras ou pesquisadoras, somos filhas, mulheres, mães, amigas. Certamente esses papéis que assumimos nos limita em alguns pontos, mas também a sensibilidade feminina favorece para a formação integral e o fortalecimento dos laços da equipe de trabalho. Acredito muito que hoje as pessoas são contratadas devido suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelas habilidades humanas que não possuem.

Naturalmente as mulheres na tecnologia são minoria: representamos apenas 20%. Nós sabemos que começamos nossa carreira sozinhas desde a universidade, e desempenhamos nossas funções muitas vezes também sozinhas no trabalho. Felicidade é ter uma mulher como parceira de trabalho. Nosso papel como educadoras e pesquisadoras na área da tecnologia dentro de uma instituição de ensino é potencializar as oportunidades para que mais mulheres construam uma carreira e uma contribuição relevante na área tecnológica.

Certamente as barreiras existem, mas servem para ser superadas. E na computação, com a predominância masculina a dificuldade é em dobro, uma pela falta de incentivo e outra para mostrar a credibilidade técnica para desenvolver a atividade. Somos auto exigentes com o nosso trabalho, afinal temos a responsabilidade de ter que provar que somos boas na função de pesquisadora ou qualquer outra área que culturalmente são desempenhadas por homens. Sou muito feliz em ser mulher, educadora, pesquisadora e acima de tudo poder incentivar mais mulheres a fazer a diferença e lutar porque vale a pena”.

Thais Andrea Baldissera, professora de Computação do IFFar – Campus Júlio de Castilhos e coordenadora do projeto PRO-ID@DE, aprovado no Edital Empreendedorismo Inovador do Instituto Federal do Espírito Santo.

1ª Reunião Ordinária do Codir – durante a reunião do Codir, a reitora do IFFar, professora Nídia Heringer, também apresentou alguns dados sobre a presença feminina na Instituição. Dos 8178 estudantes do IFFar, 4911 são mulheres. Entre os servidores, elas são 739 de um total de 1413. Dessas, 191 ocupam funções de gestão com designações ativas, isto é, cargos de direção, funções gratificadas e funções de coordenação de cursos. Além disso, 64 projetos de pesquisa e 102 de extensão são coordenados por servidoras mulheres.

Saiba mais

Projetos do IFFar levam diálogos sobre Gênero e Violência Sexual a escolas (texto publicado em fevereiro de 2023 em alusão ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências)

Secom

registrado em:
Assunto(s):
Fim do conteúdo da página

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha
Alameda Santiago do Chile, 195 - Nossa Sra. das Dores - CEP 97050-685 - Santa Maria - Rio Grande do Sul. Telefone: (55) 3218-9800