Codir aprova flexibilização de número de matrículas para abertura de novas turmas

O artigo 31 da Resolução do Consup nº 055/2020 determina que, nos cursos  do IFFar, é necessário um número mínimo de 25 estudantes matriculados para iniciar uma nova turma.

De acordo com dados apresentados pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (PRDI), até a manhã da quarta-feira (19), apenas sete dos 59 cursos de graduação do IFFar ofertados no Processo Seletivo 2025 haviam ultrapassado as 25 matrículas confirmadas.

Quinze cursos tinham entre 20 e 24 matrículas. Os 37 cursos restantes tinham 19 matrículas ou menos. Entre as licenciaturas, das 20 oferecidas, apenas duas turmas atingiram o número mínimo.

No entanto, o número de cursos com 25 estudantes ou mais matriculados deve aumentar. Os números apresentados consideravam apenas a primeira chamada do Processo Seletivo Regular dos Cursos de Graduação, já finalizada, e alguns dados relacionados à primeira chamada do Processo Seletivo Simplificado, ainda não finalizada.

Além disso, desde segunda-feira (17), os campi do IFFar estão publicando as segundas chamadas do Processo Seletivo Regular dos Cursos de Graduação. Muitos dos cursos que não fecharam as turmas ainda têm candidatos suplentes inscritos.

Mesmo com essa previsão, considerando os dados apresentados, o Colégio de Dirigentes aprovou a flexibilização do número mínimo de matrículas para abertura das novas turmas. A ideia é permitir que os campi que já iniciaram o calendário letivo possam abrir as novas turmas. A decisão vale para cursos técnicos e de graduação e também para as unidades que iniciarão as aulas em março.

A flexibilização ficará a cargo da gestão de cada campus, que deve considerar as discussões realizadas no Codir, as questões técnicas referentes a cada curso e o compromisso social do IFFar.

O parecer do Codir detalhando a decisão será publicado e enviado aos campi ainda nesta semana.

Decisão considera compromisso social do IFFar

A reitora do IFFar, professora Nídia Heringer, destacou a necessidade da instituição em atender seus compromissos sociais estabelecidos em lei, especialmente no que diz respeito à formação de professores.

De acordo com a reitora, a oferta de cursos de licenciatura é um desafio nacional e cabe principalmente às instituições públicas mantê-la. Ela destacou que apenas um aluno formado como professor pode atender a 400 estudantes na rede pública de educação básica.

A pró-reitora de Ensino, Patrícia Donicht, alertou que a possível não abertura de novas turmas em cursos de licenciatura poderia levar ao fechamento de núcleos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).

GT vai discutir oferta de cursos do IFFar

O Codir também encaminhou, durante sua 1ª Reunião Extraordinária de 2025, a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para discutir a situação de cursos que apresentam dificuldades contínuas na abertura de novas turmas.

O GT será formado por dois diretores-gerais de campus, dois diretores de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, dois diretores de Ensino e por todos os pró-reitores do IFFar. Os pró-reitores de Ensino e de Desenvolvimento Institucional coordenarão o GT.

O grupo será responsável por pensar em ações considerando diversos fatores, como os princípios teóricos do IFs, os tipos de cursos oferecidos, a identidade institucional do IFFar vinculada aos arranjos produtivos locais, entre outros.

1ª Reunião Extraordinária do Codir - a primeira reunião dos dirigentes do IFFar de 2025 ocorreu nesta quarta-feira (19) e teve transmissão da WebTV do IFFar. Assista à gravação neste link.

Secom