Seminário discute aproximação com a comunidade através da pesquisa
O VI Seminário do Pesquisador do IFFar foi encerrado na última quinta-feira (21) com uma mesa redonda com o tema “Aproximação Institucional com a Sociedade Através da Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação”.
Participaram da discussão os professores Ricardo Paraginski, do IFFar, Tiago Bandeira Marchesan e Enio Marchesan, da UFSM, e o advogado da assessoria jurídica da Fundação de Apoio à Tecnologia (Fatec), Victor Hugo Rodrigues Vianna. Confira abaixo os destaques das falas de cada um dos participantes.
Pesquisas que geram impacto social
Tiago Marchesan falou que a aproximação da instituição com a sociedade pode se dar através de pesquisas que tenham impacto social. Para ele, pesquisas de qualquer área do conhecimento podem ter impacto na sociedade.
Na UFSM, Tiago realiza pesquisas na área da engenharia elétrica em parceria com empresas, o que gera financiamento externo. “O financiamento externo não cobra relatório; cobra a aplicação da pesquisa”.
De acordo com o professor da UFSM, para realizar pesquisas que gerem impacto social em parceria com empresas é necessário uma mudança de paradigma. “Precisamos ser capazes de entregar algo à sociedade”, disse Tiago Marchesan.
Ensinar e impactar a sociedade através da pesquisa
Enio Marchesan lembrou que a principal atividade da universidade é a formação dos estudantes. Esta formação, para o professor da UFSM, se dá através do ensino, da pesquisa e da extensão, de forma indissociável.
A pesquisa é o que possibilita a prática ao aluno e a atualização científica e tecnológica da universidade. Já a extensão, de acordo com o professor Enio, é o que valida a pesquisa, retroalimenta o trabalho realizado e ajuda a estabelecer novas parcerias.
Para Enio Marchesan, para gerar impacto social são necessários projetos inovadores e de interesse de empresas. Ele também defendeu que só é possível realizar projetos inovadores com alunos de pós-graduação.
Enio Marchesan é professor da área das Ciências Agrárias da UFSM.
Importância da iniciação científica
Ricardo Paraginski, professor do IFFar, concordou sobre a dificuldade de se realizar pesquisas inovadores sem contar com alunos de pós-graduação. Para ele, a melhor maneira de oferecer uma formação sólida aos estudantes é através da pesquisa e a extensão aliada ao ensino. Defendeu, assim, a importância da iniciação científica.
O professor do IFFar também lembrou que a pesquisa aplicada, que gere impacto social, é uma das obrigações legais dos Institutos Federais.
Mesmo concordando sobre a dificuldade de se fazer pesquisa sem alunos da pós-graduação e a escassez de recursos, o professor Ricardo Paraginski apresentou pesquisas do IFFar realizadas na área de produção de grãos em parceria com empresas e produtores rurais que trouxeram impacto social.
Fundações como aliadas para a captação de recursos externos em tempos de crise
Desde o final de maio, o Instituto Federal Farroupilha passou a contar com a Fatec como parceira.
Victor Hugo Vianna explicou que as fundações surgiram justamente em um momento de escassez de recursos governamentais. “As fundações são uma ferramenta para fazer algo que a universidade não pode fazer, que é captar recursos externos”, explicou o advogado da Fatec.
As fundações de apoio existem para apoiar o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação tecnológica. Victor Hugo disse que a Fatec serve para gerenciar os recursos captados pela pesquisa. “Ela é um escritório que busca dar o aparato legal para que os professores possam fazer o seu trabalho com tranquilidade”.
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Secom
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