O IFFar – Campus Santa Rosa, em parceria com a Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (AREDE) e Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia, por meio do projeto de extensão Sistema Agroflorestal e Processamento de Frutas Nativas, consolidando e fortalecendo grupos e organizações de agricultores familiares, promove o “Seminário sobre Produção Orgânica, Frutas Nativas seu uso e processamento" e a Plenária do Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia, que acontecerá no dia 24 de Outubro de 2019, com início previsto para as 9h e término às 16h, no Auditório do campus. O evento é aberto ao público e gratuito.

Programação:
• 9h – Abertura dos trabalhos com autoridades;

• 9h30min – Certificação participativa e Produção Orgânica – Ademir Ribeiro do Amaral/AREDE,.

• 10h30min – Comercialização de produtos alimentares: a heterogeneidade entre grupos de consumidores – Carlos Thomé/IFFar Campus Santa Rosa.

• 11h30 min – Breve introdução às Agroflorestas – Ernestino de Souza Gomes Guarino/Embrapa Clima Temperado.

• 12h30 min – Almoço

• 13h30min – Feira: troca de sementes e mudas

• 14h – Oficinas:
- Batata Doce: produção e consumo;
- Frutas Nativas: uso e processamento;
- Insumos para Agricultura Orgânica;
- PANCs: alimentação e comercialização.
-16h – Encerramento.

A polpa de butiá é objeto de pesquisa de um projeto realizado pelo IFFar – Campus Santa Rosa. Sob a coordenação da professora Adriana Hansel Michelotti, a professora Joseana Severo e estudantes do eixo de Alimentos estão analisando a polpa de butiá de diferentes produtos da região e buscando alternativas para ampliar o mercado do produto.

Ao longo do projeto “Elaboração de néctar e caracterização de polpas de butiá provenientes da cadeia de frutas nativas do Noroeste do RS”, iniciado em 2017, foram desenvolvidas diferentes formulações de néctar de butiá para testes prévios de aceitação do produto. No dia 17 de junho, foi realizada a análise sensorial de quatro fórmulas de néctar de butiá, com 50 provadores. “O néctar é o produto elaborado a partir de diversas concentrações de  polpa, açúcares e ácido cítrico. A partir dos resultados das pesquisas e análises poderemos caracterizar e obter uma formulação de néctar com aceitabilidade para o público da nossa região, podendo orientar os produtores sobre qual formulação seria mais aceita”, explica a professora Joseana Severo.

O butiá, por apresentar sabor único e aromático, considerado um fruto exótico, tem despertado o interesse da indústria de alimentos e do mercado consumidor. Segundo a professora Adriana Michelotti, a caracterização da polpa permite aos produtores uma melhor exploração dos potenciais de uso da fruta na produção de alimentos e bebidas, ampliando assim, o leque de produtos e, consequentemente, contribuir com o desenvolvimento regional.

A ideia para a pesquisa surgiu a partir do projeto que está em desenvolvimento no Campus Santa Rosa, sob a coordenação da diretora de Administração, Mirian Kovhautt, denominado “Sistema agroflorestal e processamento de frutas nativas, consolidando e fortalecendo grupos de agricultores familiares e as organizações envolvidas com a comercialização dos produtos do processamento de frutas nativas, com destaque para o sistema agroflorestal”. Uma série de atividades como fóruns, seminários e encontros já foram realizados a fim de buscar soluções para os problemas técnicos e comerciais encontrados na cadeia produtiva das frutas nativas da região.

O processamento das polpas acontece no Laboratório de Alimentos do IFFar – Campus Santa Rosa. A aluna bolsista do curso Técnico em Alimentos, Taine Radin, e a aluna da Pós-Graduação em Gestão da Qualidade e Novas Tendências em Alimentos, Lia Ciervo, fazem parte do projeto de pesquisa. A matéria-prima para o processamento da polpa é trazido ao laboratório de Alimentos do IFFar através da colaboração da Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (Arede), da Cooperativa dos Produtores de Butiá de Giruá e da Cadeia Solidária de Frutas Nativas do Rio Grande do Sul.

Fotos: provadores da análise sensorial realizada durante degustação

Acontece amanhã (11), no auditório do campus, o Seminário de Produção Orgânica, Uso e Processamento de Frutas Nativas e a Plenária do Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia. No evento serão apresentadas as principais atividades agroecológicas realizadas pela rede neste ano.

A programação conta com debates e palestras sobre estratégias que podem contribuir para a melhoria da produção agroecológica de famílias rurais e agroindústrias das regiões. Também haverá oficinas de extração e comercialização de polpas de frutas, feira de troca de sementes e demonstração de produtos.

O evento é realizado pela Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (AREDE) e pelo Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia em parceria com o IFFar Campus Santa Rosa, que atualmente pesquisa uma padronização de polpas de frutas nativas. Apoiam o evento a Cáritas, a Rede Missioneira da agricultura Familiar (REMAF), Unicooper, Cooperluz, CRESOL e EMATER.

Confira a programação:

9:30: Abertura dos trabalhos com autoridades

9:45: Rede Ecovida e a certificação participativa, desafios e possibilidades do Núcleo Missões – AREDE / Ademir Ribeiro do Amaral. 

10:30: Uso e potencialidade das frutas nativas – CETAP / Alvir Longhi.

11:30: Agroecologia e produção de alimentos – Grupo Celeiro e Núcleo Missões / César Alexandre Bourscheid.

12:30: Intervalo para almoço

13:30: Feira de troca de sementes e mudas

14:10: Apresentação dos Folders

14:20: Oficinas

16: Encerramento

Discutir e validar tecnologias novas ou tradicionais para o desenvolvimento das frutas nativas, com destaque para o Butiá Yatai, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul foi o objetivo do encontro realizado no dia 14 de novembro, no auditório do IFFar Campus Santa Rosa. A organização do evento foi uma iniciativa da Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (Arede) em parceria com o IFFar, e reuniu entidades e produtores da região dispostos a qualificar os processamentos de frutas nativas de remanescentes florestais ou sistemas agroflorestais, entre elas jabuticaba, gabiroba, araçá, manga, pitanga, butiá entre outras.

Em um primeiro momento foram apresentados os desafios que a cadeia produtiva encontra atualmente, como a formalização das agroindústrias na região, o armazenamento e circulação da produção de polpas, o volume de produção, eventos e a busca de novas formas de comercialização em um contexto de conservação e exploração sustentável. Segundo o engenheiro agrônomo André Camargo da Rocha, as frutas nativas vêm ganhando importância e oferecendo um maior leque de oportunidades aos produtores, mas ainda apresentam muitos problemas técnicos e comerciais.

Em seguida, a professora do IFFar, Dra. Joseana Severo, apresentou a pesquisa que está sendo desenvolvida no Instituto utilizando o butiá no intuito de produzir uma padronização da polpa. A partir da análise das polpas de butiá doadas pelos produtores, o grupo de pesquisadores elaborou testes de aceitabilidade, mediu os compostos fenólicos, carotenoides, antioxidantes e teores de açúcar.

Participaram do encontro entidades como Emater/RS-Ascar, Central de Cooperativas Unicooper, Associação Ecobutiá e Fundação Luterana de Diaconia (FLD). A diretora de Pesquisa, Extensão e Produção do IFFar Campus Santa Rosa, Adriana Michelotti,  diz que uma série de encontros e eventos estão previstos para troca de experiências e informações, para que haja avanços na disfusão do conhecimento dessas frutas.