NUGEDIS promove ações de reflexão sobre gênero e sexualidade para docentes e discentes
No dia 10 de maio, o Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NUGEDIS) do Instituto Federal Farroupilha – Campus São Vicente do Sul realizou duas atividades que abordavam as relações de gênero e sexualidade, com o objetivo de contribuir para a formação continuada docente e para a formação inicial de estudantes. As temáticas foram problematizadas a partir da legislação brasileira e de diferentes possibilidades de abordagem curricular.
As atividades foram ministradas pelo professor convidado Gustavo Duarte, doutor em Educação e docente dos cursos de licenciatura em Educação Física e Dança (UFSM).
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Em um primeiro momento, docentes e técnico-administrativos participaram de conversa na qual foi destacada a necessidade de combater e enfrentar posições e posturas que venham a prejudicar e/ou discriminar, sobretudo, as mulheres e a população LGBTQIAP+. Segundo Gustavo, considerar as diferenças identitárias das novas gerações e ampliar o olhar sobre a diversidade humana é um desafio indispensável ao trabalho docente.
“Uma educação verdadeiramente comprometida com a realidade social precisa contemplar questões de gênero e sexualidade, a fim de garantir respeito e acolhimento, promovendo relações mais justas e menos desiguais”, comenta ele.
O segundo momento foi destinado a estudantes, com uma oficina que abordava as relações entre corpo, saúde, identidade e terapia, explorando técnicas corporais, danças urbanas e jazz-dance. De acordo com o instrutor, a expressão por meio da dança pode constituir um caminho de promoção da autoestima, da subjetividade, do pertencimento e de relações interpessoais mais saudáveis.
O estudante João Henrique Rodrigues, um dos participantes, considerou a oficina contagiante e divertida, por apresentar passos e ritmos variados, e também muito inclusiva, já que mostrou que a dança é acessível para todos os tipos de corpos.
As atividades referenciam o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, celebrado no dia 17 de maio. A data marca a ocasião em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17/05/90.
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Homofobia é crime!
Desde 2019, a homofobia é criminalizada no Brasil. A determinação está atrelada à Lei de Racismo (nº 7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”. A prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”. Ainda que usado o termo homofobia para definir essa lei, todas as outras pessoas LGBTQIA+ são contempladas.
*A LGBTFobia vai além da violência física. Atos de ameaça, humilhação e bullying são categorias de violência psicológica, com efeitos muito perigosos, incluindo suicídios.
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