Mobrec - Instituições participantes reafirmam luta pela educação pública de qualidade
Eventos integrados que têm como tema a educação pública, a educação popular e a educação profissional tiveram início na manhã de hoje (7), no Clube Recreativo Dores, em Santa Maria.
Anexos:
- Mobrec - Programação Completa (667 Downloads)
Durante a abertura, os representantes das instituições promotoras, das quais o IF Farroupilha faz parte, defenderam a valorização e a luta pela educação pública de qualidade.
O XVI Congresso Internacional de Educação Popular, o XXV Seminário Internacional de Educação Popular, o III Seminário Internacional Sindical - 2º Núcleo do CPERS Sindicato e o III Seminário Internacional de Educação Profissional do IF Farroupilha ocorrem em paralelo, até sexta-feira (10). Os eventos, em conjunto, são popularmente conhecidos como Mobrec, nome de uma das instituições que promovem o evento.
Na mesa de abertura, o pró-reitor de Ensino do Instituto Federal Farroupilha, professor Sidinei Cruz Sobrinho, falou sobre a complexidade da atuação dos educadores no contexto atual de desvalorização da educação. Desejou coragem a todos os congressistas e afirmou que, apesar das dificuldades, os educadores podem, com o ensino e a aprendizagem, fazer da existência uma experiência "no mínimo poética". Sidinei Cruz Sobrinho também se disse orgulhoso de fazer parte de uma mesa de abertura onde "99% das pessoas são mulheres".
A coordenadora do 2º Núcleo do CPERS Sindicato, professora Sandra Réggio, lembrou da luta pela valorização da educação que professores e alunos da rede estadual travam atualmente. Os professores estão em greve há quatro semanas e, somente em Santa Maria, existem nove escolas estaduais ocupadas por alunos. "Os alunos não estão ocupando por motivação dos professores", justificou Sandra, "eles tem plena capacidade de defender seus direitos". Por fim, Sandra Réggio pediu apoio de todos os professores na luta pela valorização da educação.
A diretora do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), professora Helenise Sangoi, manifestou "apoio a todos os movimentos que defendem a educação pública de qualidade". "É o que temos que fazer hoje: a luta social", disse Helenise, "não podemos aceitar o não repasse de verbas às instituições públicas de educação". Ela também criticou a cobrança de mensalidade em especializações e mestrados profissionais em instituições públicas, e de maneira mais geral, a perda de garantias sociais.
A Prefeitura Municipal de Santa Maria, o Mobrec - Santa Maria, o Mobrec - Nacional, a Confederação Latino Americana de Educadores Cristãos, a 8ª Coordenadoria Regional de Educação foram algumas das outras instituições que também estiveram representadas na mesa de abertura.
Cerca de 800 pessoas participam do evento que conta com conferências, mesas de debate e apresentações artístico-culturais. Veja a programação completa no final desta notícia.
Primeira conferência aborda a educação popular
Logo depois da abertura, o professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Gomercindo Ghiggi, ministrou a I Conferência do Mobrec, com o tema "Educação Popular e as Possíveis Revelações do Conhecimento".
Durante sua fala, Ghiggi exaltou a importância do trabalho de Paulo Freire. Ele também questionou qual o papel da escola em relação a organização da sociedade - reprodução, redenção ou transformação? Segundo o professor da UFPEL, o papel da Educação Popular é a transformação.
Ainda hoje (7), às 18h45, ocorre a II Conferência do Mobrec. O professor do Centro Universitário Metodista de Porto Alegre, Marcos Rolim, aborda a violência na escola.
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