Dia Internacional da Mulher: entrevista com a professora Tânea Nonemacher
Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, conversamos com algumas mulheres que atuam ou estudam no IFFar. Na sexta entrevista da série, conheça um pouco mais sobre a professora de Letras do Campus Santa Rosa, Tânea Nonemacher.
A professora Tânea Nonemacher é professora de Português e Espanhol do Campus Santa Rosa desde 2011. Ela explica que, historicamente, as mulheres usaram a educação como uma forma de emancipação.
Tânea também acredita que é papel de todos os educadores e educadoras trabalhar com os alunos a partir de uma visão crítica, para que eles possam ser agentes de mudança na sociedade.
“Para falar sobre essa data, é importante um breve histórico sobre o acesso das mulheres à educação”, introduz a professora do Campus Santa Rosa. Para Tânea Nonemacher as mulheres estarem hoje em instituições de ensino, em áreas e pesquisas variadas, é uma conquista. Ela expõe que, antes, o ensino para as mulheres era voltado às questões domésticas, enquanto os homens podiam se dedicar às reflexões mais aprofundadas.
A professora de Letras explica também que as mulheres usam a educação como forma de alcançar autonomia. “Historicamente, as mulheres sempre usaram a educação como uma forma de emancipação, partindo de situações de desigualdade. A educação deve ser olhada como uma forma emancipadora, de autonomia, em todos os níveis”.
Embora reconheça a importância da temática do gênero, Tânea Nonemacher acredita que a educação precisa ser pensada como um espaço de visão crítica, que abrange diversas áreas. “Em sala de aula, tenho a oportunidade de discutir sobre as desigualdades, sobre o preconceito, seja de gênero, de origem, em relação a necessidades especiais e etc.”, exemplifica.
Foto:Tânea Nonemacher, professora do Campus Santa Rosa
Professora da área das Letras, Tânea explica como essas questões podem ser trabalhadas em sala de aula. “Na literatura, a história nos mostra que muitas mulheres tiveram que se vestir de homens para promover suas ideias, ou seus maridos assinavam suas obras. Lemos os clássicos para analisar como as mulheres viviam naquela época e porque tiveram suas biografias esquecidas. Muitas foram taxadas de loucas, de sedutoras, de doentes, de histéricas, de perigosas, de submissas... E nessa perspectiva, precisamos olhar para isso e questionar os papéis sociais que foram postos”.
A professora Tânea Nonemacher acredita, por fim, que a formação crítica dos estudantes deve ser encarada como um compromisso social dos educadores e educadoras, em qualquer nível e em qualquer disciplina. “Assim, conseguiremos barrar não apenas os preconceitos e desigualdades como também faremos as pessoas perceberem o quanto foram ideologicamente conduzidas ao reproduzir o que a própria sociedade reproduz”.
Dia Internacional da Mulher – em alusão à data, durante o mês de março, o IFFar publica uma série de pequenos perfis de mulheres que atuam ou estudam na instituição. Confira os perfis já publicados:
- Rafaelly Schallemberger, professora de letras do Campus Santa Rosa
- Daiana Carpenedo, TAE e diretora de Gestão de Pessoas da Reitoria
- Larissa Lunardi, egressa e professora substituta do Campus Santa Rosa;
- Itagira Martins, professora de letras do Campus Alegrete;
- Regina Heusner, vigilante patrimonial do Campus Panambi.
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