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Notícias Panambi

Ciência como um processo coletivo colaborativo: experiência docente no Curso de Física no CERN, na Suíça

Publicado em Segunda, 17 de Outubro de 2016, 13h01 | por Ascom Panambi | Voltar à página anterior

A professora Sandra Nonenmacher, Coordenadora Geral de Ensino e docente do Instituo Federal Farroupilha – Campus Panambi, foi uma das 20 pessoas selecionadas no Brasil para realizar um curso na Escola de Física em Genebra, na Suíça. O Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) – CERN – éum dos maiores laboratórios de pesquisa em Física no Mundo, localizado em Genebra, na Suíça.
Ao retornar de sua viagem, a professora concedeu uma entrevista sobre como foi o curso e elencou algumas ações que deverá desenvolver no IFFar Campus Panambi e em outras escolas de municípios da região.

1) Qual o impacto para sua formação profissional ter a oportunidade de conhecer a estrutura do CERN e participar de um curso lá? Quais os principais legados desse período de aprendizagem?
Um impacto muito grande. A Física de partículas é uma área nova da Física, se considerarmos toda a história da física, muitos dos conceitos desta área ainda são desconhecidos para mim que fiz meu processo formativo a vários anos. No curso que fiz no CERN, além de aprender muito desta temática nas discussões mais recentes e atuais ainda ter a oportunidade de fazer isso nos laboratórios, locais e com as pessoas que estão desenvolvendo estas pesquisas marca muito minha formação. A aprender e vivenciar a atualidade da Física. Além dos conceitos de Física de partícula, como forças de interação, conversão massa-energia, partículas elementares (muon, quarks,) e antimatéria, a descoberta do Bosson de Higgs, o curso permitiu compreender a ciência como um processo coletivo colaborativo pois no CERN trabalham pesquisadores de inúmeros países de forma conjunta e coletiva; além da provisoriedade do conhecimento que avança com as descobertas, tanto teóricas como experimentais.

2) Como percebes o corpo docente brasileiro em relação aos demais participantes no que diz respeito aos recursos e usos de estratégias didáticas para o ensino da física?
Vejo que, apesar de termos algumas organizações curriculares diferentes, estamos num mesmo patamar. As dificuldades de trabalhar a física moderna é a mesma de professores brasileiros e professores de outros países. No curso tivemos a oportunidade de realizar atividades que podem ser exploradas no ensino médio e superior, como a construção de uma câmara de nuvens com materiais de baixo custo, vídeos, filmes e a maneira como podem ser realizadas visitas e aulas virtuais junto ao grupo de pesquisadores e laboratórios do CERN. Estes últimos podem ser incorporados as aulas que desenvolvo aqui no IFFar.

3) Sobre as contrapartidas, como está o planejamento para implantação do Clube da Física, a realização de palestras, etc.? Há um cronograma estipulado para essas ações para 2017?
Tenho como proposta criar um clube de Ciências-Física no Campus e realizar palestras com a comunidade acadêmica, escolar e regional. Algumas atividades devem ser desenvolvidas ainda este ano, mas com certeza concentrarei as atividades em 2017. Já tenho recebido convites para fazer e acompanhar trabalhos e realizar palestras em escolas da região.

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